Em um ambiente de trabalho, a cultura organizacional tem um impacto profundo no bem-estar, produtividade e satisfação dos colaboradores. Quando essa cultura se torna tóxica, os efeitos podem ser devastadores para a equipe e para o sucesso da empresa. Neste artigo, vamos explorar os principais sinais de uma cultura empresarial tóxica e o quanto ela pode prejudicar o ambiente de trabalho, desde o aumento da rotatividade até o esgotamento dos funcionários. Entender esses sinais é crucial para implementar mudanças e promover um ambiente mais saudável e produtivo. Acompanhe!
Confira os tópicos aqui:
- O que é uma cultura empresarial tóxica – e o que não é?
- Qual é a diferença entre uma cultura empresarial tóxica e um ambiente de trabalho hostil?
- Quais empresas correm mais risco de desenvolver uma cultura empresarial tóxica?
- Sinais de uma cultura empresarial tóxica
- Quanto custa uma cultura tóxica no local de trabalho?
- Como uma cultura de bem-estar pode frear a toxicidade nas empresas?
- Conheça a GoGood
- Referências
O que é uma cultura empresarial tóxica – e o que não é?
A maioria dos profissionais já enfrentou um período difícil no trabalho. Seja por causa de uma liderança que não está fazendo nenhuma gestão, um relacionamento complicado com um colega ou um projeto particularmente desafiador, é normal passar por altos e baixos no trabalho. Então, onde entra a toxicidade?
Para entender melhor, vamos explorar um dos exemplos mais recentes desse perfil no ambiente de trabalho: a BrewDog. Mais de 200 funcionários atuais e antigos assinaram uma carta aberta [1] ao fundador sobre a cultura tóxica na qual as pessoas eram tratadas como objetos.
Um local de trabalho tóxico é um ambiente de trabalho onde comportamentos negativos estão profundamente enraizados na gestão diária da empresa.
Eles podem vir de cima para baixo por meio de comunicação, prioridades ou lideranças doentias. Assim como de baixo para cima com conflito e desconfiança causados por uma equipe desmotivada, desconectada ou insatisfeita. De qualquer forma, não será um lugar feliz e saudável para se trabalhar.
Qual é a diferença entre uma cultura empresarial tóxica e um ambiente de trabalho hostil?
É importante reconhecer que uma cultura empresarial tóxica, embora estressante e desagradável, não é o mesmo que um local hostil. Esse tipo de ambiente vai ainda mais longe, prejudicando ativamente o bem-estar físico, financeiro ou mental de seus funcionários por meio de assédio, intimidação ou discriminação – o tipo de coisa descrita por funcionários da Uber em um artigo [2] de 2017 do The New York Times, por exemplo.
A boa notícia é que uma cultura de trabalho tóxica, embora extremamente prejudicial aos funcionários e às perspectivas de negócios no curto prazo, pode ser resolvida no longo prazo, desde que (e é uma tarefa difícil) sua equipe esteja disposta a embarcar nessa jornada com você.
Quais empresas correm mais risco de desenvolver uma cultura empresarial tóxica?
Uma semelhança interessante entre as empresas que mencionamos é que todas elas foram se promovem como lugares progressistas – ou seja, onde a cultura interna forma uma grande parte da proposta geral do empregador. Entre as descrições de trabalho estão, por exemplo, empresa que incentiva você a reservar um tempo para recarregar as energias fora do escritório e permite que você leve seu cachorro para o trabalho. A BrewDog até aspirava ser a “melhor empresa para se trabalhar no país“.
Todas essas empresas também são orientadas por uma missão, como tornar as jornadas de trabalho mais tranquilas. Quando os funcionários ingressam em empresas progressistas e voltadas para uma missão como essa, dois fatores entram em jogo:
- Como a empresa já tem uma cultura interna enraizada (que parece estar associada ao sucesso), os novos colaboradores correm o risco de sentir que precisam seguir a maneira como as coisas são feitas , em vez de questionar como as coisas são feitas;
- Como os funcionários recebem recompensas adicionais e benefícios não monetários (como a permissão de ter animais de estimação no escritório), pode ser mais difícil para eles estabelecerem limites claros em relação a direitos básicos – como horas de trabalho razoáveis e um tratamento justo, por exemplo.
Sinais de uma cultura empresarial tóxica
Às vezes pode parecer difícil saber se a cultura do seu trabalho é tóxica ou não, mas existem outras características comuns entre essas empresas. Por isso, trouxemos os principais traços de toxicidade para servir como ponto de partida:
Os sinais mais claros de uma cultura empresarial tóxica são a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, atmosfera negativa, desconfiança e rotatividade alta.
1. Não há equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Lideranças de empresas tóxicas valorizam dias longos e excesso de trabalho. Em outras palavras, eles esperam e colocam pressão para que suas equipes trabalhem dias longos e respondam mensagens a qualquer hora — mesmo durante o fim de semana e feriado — levando ao estresse, exaustão e esgotamento.
2. Atmosfera é negativa
Uma atmosfera negativa reflete comportamentos como falta de respeito, comunicação inadequada, conflitos e ausência de apoio entre colegas e lideranças. Esse clima deteriora o bem-estar dos funcionários, gerando estresse, desmotivação e queda na produtividade, além de dificultar o desenvolvimento. Esse traço de cultura empresarial tóxica afeta a saúde mental e o engajamento, sinalizando uma cultura organizacional disfuncional.
3. As pessoas não confiam umas nas outras
Em vez de promover autonomia e distribuir feedback e elogios, uma cultura empresarial tóxica funciona a partir da desconfiança. Desde monitorar a produção incessantemente, até assumir o pior sobre um membro da equipe e impedi-lo de crescer, a falta de confiança pode afetar severamente a autoestima e a confiança.
4. Baixo engajamento e alta rotatividade
Em um ambiente de trabalho tóxico, os colaboradores costumam se desligar do trabalho, da equipe e da empresa em geral. Em um ambiente virtual, isso se reflete em câmeras desligadas e uma comunicação ruim, por exemplo. Com o tempo, as pessoas começam a deixar a empresa em efeito cascata.
5. Relacionamentos ruins
De gaslighting e comentários rudes até ao desprezo, relacionamentos tóxicos dentro da empresa não afetam apenas o trabalho que está sendo feito, mas, mais importante, a saúde mental da equipe. Relações difíceis levam ao estresse, falta de confiança e ansiedade, bem como fadiga.
6. Medo de falar abertamente
Tudo o que mencionamos até agora contribui para um local de trabalho bem ruim, mas existe um sinal que com certeza sugere uma cultura empresarial tóxica: medo de falar. Quando a admiração excessiva (dos funcionários) encontra controle excessivo (da empresa), o resultado é um ambiente no qual as pessoas têm medo de falar.
Esse tipo de medo não está relacionado apenas a denúncias em larga escala. Ele se manifesta também de pequenas maneiras cotidianas: essencialmente, sempre que um ponto válido não é expresso. É quando a política do escritório se torna mais importante do que o que é certo, segundo o livro The Five Dysfunctions of a Team:
“Isso ocorre quando as pessoas escolhem suas palavras e ações com base em como querem que os outros reajam, em vez do que realmente pensam e sentem.” [3]
Quanto custa uma cultura tóxica no local de trabalho?
Além de criar uma cultura de equipe tóxica, o medo de falar também é ruim para os negócios. Quando os problemas não são sinalizados e as ideias não são apresentadas, as empresas perdem a inovação. A seguir, listamos outros problemas que podem custar caro às empresas que nutrem um ambiente de trabalho tóxico:
Burnout
Burnout é um tipo de exaustão emocional incapacitante – na grande maioria das vezes – causado pelo trabalho. Ele tem um impacto na saúde e produtividade dos colaboradores em suas funções.
Segundo um relatório da Journal of Occupational and Environmental Medicine, as empresas estão menos comprometidas com a saúde dos funcionários do que alegam ou do que deveriam estar. Isso porque existe uma relação significativa entre a saúde dos funcionários e a economia das empresas. Ou seja, a falta de bem-estar e o esgotamento ocasionam no baixo desempenho profissional – que, por sua vez, impacta diretamente no sucesso e rentabilidade das empresas.
Absenteísmo
Quando as pessoas se sentem ansiosas sobre ir trabalhar, elas são mais propensas a ficar em casa. De acordo com a Bloomberg [5], licenças médicas devido à saúde mental precária foram a principal causa de afastamento do trabalho no Reino Unido em 2021. Enquanto isso, segundo o jornal The Independent:
Quase um terço dos funcionários tiram folga devido a uma cultura corporativa tóxica. [6]
Colaboradores que não se cuidam, são estressados, dormem e se alimentam mal ou abusam do álcool podem prejudicar o próprio desempenho no trabalho. De acordo com a Universidade de Washington:
“Pessoas com transtorno grave de uso de álcool relataram faltar 32 dias de trabalho a cada ano por causa de doença, lesão ou simplesmente faltar ao trabalho, mais que o dobro do número de dias de trabalho perdidos por indivíduos sem transtorno de uso de álcool.” [7]
Rotatividade
Contratar novos talentos custa dinheiro e, de acordo com uma pesquisa do Massachusetts Institute of Technology [8], a toxicidade é o principal preditor de rotatividade de funcionários. Além disso, o baixo moral é contagioso, então, quando uma pessoa sai, outras pessoas podem decidir fazer o mesmo.
Como uma cultura de bem-estar pode frear a toxicidade nas empresas?
No contexto organizacional, cultura de bem-estar refere-se a um conjunto de valores e práticas que promovem e priorizam o bem-estar dos colaboradores. Esse mindset influencia a forma como as pessoas são tratadas, como o trabalho é estruturado e como as decisões são tomadas.
Em outras palavras, empresas capazes de adotar esse tipo de cultura tendem a criar ambientes mais saudáveis e produtivos, promovendo a saúde mental e física dos seus colaboradores. Segundo o Japan Journal of Nursing Science [9]:
“Os benefícios de investir em uma cultura de bem-estar são evidentes no nível individual, coletivo e organizacional na forma de uma saúde excelente, maior desempenho e lucratividade.”
Desse modo, existem diversas iniciativas de bem-estar, como horários flexíveis, acesso a academias, alimentação saudável, suporte psicológico e atividades de integração. Porém, o ideal é contar com um parceiro de bem-estar capaz de analisar esses fatores, engajando os colaboradores a usarem os benefícios oferecidos, além de atender às necessidades reais dessas pessoas. Um dos exemplos de como essa análise tornou-se possível e impactou o engajamento de uma empresa, é o case da Pharlab:
Conheça a GoGood
GoGood é uma plataforma de benefícios de bem-estar completa, que é capaz de alavancar o engajamento e produtividade, fortalecer a cultura organizacional e promover mais bem-estar para os colaboradores. A partir dessa parceria, é possível montar o seu próprio portfólio de benefícios conforme a necessidade dos colaboradores. Além disso, ela facilita o acesso a diversos serviços de bem-estar pros colaboradores a partir de, por exemplo:
- Academias
- Psicoterapia
- Pronto atendimento digital – 24h por dia, 7 dias da semana;
- Consultas médicas com especialistas;
- Telenutrição;
- Plano odontológico.
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Referências
- An Open Letter to BrewDog | Punks With Purpose
- Inside Uber’s Aggressive, Unrestrained Workplace Culture – The New York Times
- The Five Dysfunctions of a Team by Patrick M. Lencioni | Waterstones
- Employers’ Role in Employee Health
- Working From Home Is Back: Mental Health Problems Cause Most U.K. Sick Leave – Bloomberg
- Toxic work cultures leading to more long-term absences, report finds | The Independent
- In U.S., alcohol use disorder linked to 232 million missed workdays annually
- Toxic Culture Is Driving the Great Resignation
- Development of a scale measuring the job satisfaction of Japanese hospital nurses – Muya – 2014