Gestão de pessoas e o futuro do trabalho: como estar preparado

O futuro do trabalho tem sido assunto de diversos debates sobre carreira e gestão de pessoas. Especialistas afirmam que profissões deixarão de existir nos próximos 20 anos e outras substituirão os profissionais por robôs.

Um estudo realizado pela consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers) do Reino Unido, revelou que um terço das vagas em postos de trabalho no Japão, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos serão preenchidas por robôs e Inteligência Artificial até 2030.

Apesar de não apresentar dados específicos para o Brasil, 62% dos trabalhadores da indústria temem perder seus empregos para robôs. Não estar preparado para enfrentar a nova realidade do mercado e os novos modelos de trabalho são os principais temores dos profissionais.

Acalmar os ânimos dos colaboradores e prepará-los são os novos desafios encontrados pelos gestores de pessoas nas empresas. Tratar a questão com tranquilidade e clareza são aspectos essenciais de um líder.

Como a gestão de pessoas pode mudar as percepções sobre o futuro do trabalho

O profissional responsável pela gestão de pessoas precisa entender que o mercado de trabalho vem evoluindo rapidamente nos últimos anos. Após a Revolução Industrial, foram criados modelos, tecnologias e processos para adequar as empresas e profissionais para a nova realidade das relações trabalhistas. Desde então, novas profissões vêm surgindo, desaparecendo ou se transformando, num processo que se acelerou consideravelmente com a Era Digital.

Um exemplo é a profissão de engraxate que, com o avanço no desenvolvimento dos calçados e a nova rotina dos trabalhadores, já não se faz mais necessária. Esse trabalhador precisou desenvolver novas habilidades para entrar em um mercado mais exigente e competitivo.

Assim como agora, o medo e a insegurança com a mudança também foi vivenciada pelos profissionais do passado. A diferença é que, hoje, a tecnologia é capaz de contribuir até com isso. O desenvolvimento de novas metodologias e o fácil acesso à informação são mecanismos de apoio, capacitação e instrução profissional.

Apesar disso, é fundamental que os responsáveis pela gestão de pessoas estejam preparados para conduzir e guiar os profissionais em seus processos de mudança, entendimento e aceitação. Veja como isso pode ser feito!

Discuta sobre os novos modelos de trabalho

No Brasil, especificamente, a discussão sobre a mudança nos modelos de trabalho e como isso afeta os empregos ainda é feita de forma bem superficial. Esse debate tem atingido apenas camadas mais privilegiadas da sociedade, como profissionais com formação superior.

Porém, os afetados primeiramente serão aqueles que estão à frente de atividades repetitivas, menos estratégicas e que não exigem pensamento analítico e crítico diário. Motoristas, frentistas, profissionais industriais, são exemplos de ocupações que menos participam da discussão.

O papel do líder na gestão de pessoas é trazer a realidade para o centro das reflexões sobre o trabalho, oferecendo mecanismos que ajudem os colaboradores a se manterem atualizados sobre a mudança em suas rotinas.

Estimular a reflexão sobre o tema motivará o questionamento e o levantamento de dúvidas. Dessa forma, o líder poderá buscar as informações necessárias para orientar sua equipe.

Apresente perspectivas de aprendizado

A evolução tecnológica e o investimento em soluções para automatizar o trabalho proporciona ganhos em produtividade e economia para a empresa, inclusive na folha de pagamento. Porém, as empresas não querem perder profissionais que podem colaborar de forma estratégica com o negócio.

O líder deve ser um condutor profissional de sua equipe, identificando habilidades, revelando talentos e mostrando perspectivas de aprendizado que proporcionarão ao colaborador encontrar uma nova carreira.

É possível colocar aquele profissional que perderia o emprego em uma posição mais estratégica e motivadora para todos os envolvidos.

Não deixe que o medo se instaure

Chegará o momento em que a maioria dos trabalhadores e das profissões, como um todo, estará preocupada com o futuro do trabalho. Quando isso acontecer, será natural que os profissionais fiquem estressados, inquietos e aflitos. Esses sentimentos acabam refletindo-se na produtividade, na motivação e no comportamento do colaborador de forma geral, o que impacta nos resultado das empresas

O papel do líder na gestão de pessoas é fundamental para aliviar essas sensações e não permitir que haja queda no rendimento das pessoas. Conversar com a equipe, apresentar alternativas e mostrar a preocupação da empresa com aspectos profissionais e emocionais dos colaboradores são essenciais para evitar crises.

Investir no bem-estar do profissional é uma forma de transformar a realidade e evitar que o faturamento da empresa seja abalado. Veja por onde começar com o Guia de Melhoria de Qualidade de Vida no Trabalho.

 


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