Risco físico: o que é, como identificar e o que diz a Lei?

Além de fundamental para a saúde e segurança dos trabalhadores, a gestão dos riscos físicos no ambiente de trabalho é fundamental para aumentar a produtividade, fortalecer a sustentabilidade e melhorar o clima organizacional. Neste texto, vamos explorar o que são esses riscos, como identificá-los e o que dizem as Normas Regulamentadoras sobre o assunto.

Confira os tópicos aqui:

O que é risco físico no trabalho?

De acordo com o Ministério do Trabalho do Brasil (1978), riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos:

  1. Riscos de acidentes;
  2. Riscos ergonômicos;
  3. Riscos físicos;
  4. Riscos químicos;
  5. Riscos biológicos.

Nesse contexto, o risco físico é qualquer fator ou condição ambiental que pode causar danos ou lesões ao corpo humano. Segundo a Fiocruz, consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, por exemplo:

  • Ruído;
  • Calor;
  • Frio;
  • Pressão;
  • Umidade;
  • Radiações ionizantes e não-ionizantes;
  • Vibração.

Esses riscos são frequentemente encontrados em ambientes de trabalho e podem levar a uma variedade de problemas de saúde, como perda auditiva, queimaduras, lesões por vibração, problemas de visão e doenças relacionadas à exposição à radiação. A identificação e mitigação de riscos físicos são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores.

Risco físico: o que dizem as Normas Regulamentadoras?

NR9, ou Norma Regulamentadora nº 9, é uma regulamentação brasileira que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Esta norma estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte dos empregadores, de um programa para preservar a saúde e integridade dos trabalhadores. Isso pode acontecer através de iniciativas, como a antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais no ambiente de trabalho.

NR9 e os riscos físicos

A NR9 define “riscos ambientais” como os agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. Especificamente sobre os riscos físicos, a NR9 destaca alguns pontos importantes:

Agentes físicos

Como citado acima, agentes físicos são definidos como formas de energia a que os trabalhadores podem ser expostos. Isso inclui ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes e não ionizantes, e umidade.

Avaliação de riscos

Além disso, a NR9 exige que os empregadores realizem uma avaliação detalhada dos riscos físicos presentes no ambiente de trabalho. Isso inclui a identificação das fontes de exposição e a medição dos níveis de exposição dos trabalhadores.

Controle de riscos

Com base em avaliações, a NR9 estipula que medidas de controle devem ser implementadas para minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos físicos. Isso pode incluir, por exemplo, a adoção de medidas de engenharia, mudanças nos processos de trabalho, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a realização de treinamentos específicos para os trabalhadores.

Monitoramento contínuo

Essa norma também exige que haja um monitoramento contínuo dos riscos físicos, com revisões periódicas do PPRA para assegurar que as medidas de controle sejam eficazes e que novas ameaças sejam rapidamente identificadas e mitigadas.

Documentação e registro

A NR9 exige que todas as etapas do PPRA, incluindo a identificação dos riscos físicos, as avaliações realizadas, as medidas de controle implementadas e os resultados do monitoramento contínuo, sejam devidamente documentadas e mantidas à disposição das autoridades competentes.

Quais são os principais riscos físicos no trabalho?

Identificar os principais riscos físicos no trabalho é essencial para a prevenção de acidentes e promoção de um ambiente seguro. Neste tópico, vamos entender quais são os fatores que podem ameaçar a saúde e a segurança no ambiente de trabalho.

Ruído

Exposição a níveis altos de som pode causar perda auditiva temporária ou permanente, estresse, fadiga, problemas de comunicação e redução da capacidade de concentração. Nesse contexto, é possível utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como protetores auriculares, além de implementar controles de engenharia para reduzir o ruído na fonte (como barreiras acústicas). Outra iniciativa importante é a realização de manutenções regulares em máquinas para evitar ruídos desnecessários e promover pausas regulares para reduzir a exposição contínua.

Calor

Exposição a altas temperaturas pode resultar em exaustão pelo calor, cãibras, insolação e desidratação. Além disso, trabalhadores em ambientes quentes podem sofrer também de baixa produtividade e aumento do risco de acidentes.

Desse modo, fornecer hidratação adequada, implementar pausas em áreas frescas, usar roupas apropriadas que ajudem na dissipação do calor, instalar sistemas de ventilação e refrigeração, e treinar os trabalhadores sobre os sinais e sintomas de doenças relacionadas ao calor.

Frio

 A exposição prolongada ao frio intenso pode ser fatal. Isto é, as baixas temperaturas podem causar hipotermia, congelamento, problemas respiratórios e diminuição da destreza manual. Nesse contexto, é importante fornecer roupas e equipamentos de proteção adequados, aquecer áreas de trabalho, limitar o tempo de exposição ao frio, implementar pausas em áreas aquecidas, e educar os trabalhadores sobre os perigos do frio e os métodos de prevenção.

Pressão

Variações extremas de pressão, como em ambientes de alta altitude ou atividades de mergulho, podem causar, por exemplo:

  • Doenças de descompressão;
  • Barotrauma;
  • Outros problemas de saúde relacionados à pressão.

Utilizar equipamentos de proteção específicos como câmaras hiperbáricas, seguir procedimentos de descompressão adequados, monitorar a exposição à pressão, e fornecer treinamento adequado sobre os riscos e medidas de segurança relacionadas à pressão.

Umidade

Ambientes com alta umidade podem provocar desconforto, aumentar o risco de desidratação e problemas de pele como dermatites e micoses. Além disso, a umidade excessiva pode afetar equipamentos e aumentar a proliferação de mofo e bactérias. Por isso, é muito importante investir em iniciativas como: 

  • Implementação de sistemas de ventilação e desumidificação;
  • Fornecimento de roupas e equipamentos apropriados que permitam a evaporação do suor;
  • Realização de manutenções regulares para evitar acúmulo de umidade;
  • Educar os trabalhadores sobre a importância da hidratação e cuidados com a pele.

Radiações ionizantes e não-ionizantes

Radiações ionizantes (como raios X e radiação gama) podem causar danos ao DNA, aumentando o risco de câncer e outras doenças. Enquanto isso, radiações não-ionizantes (como UV, infravermelho e micro-ondas) podem causar queimaduras, problemas oculares e outros danos ao tecido humano. Dessa forma, é importante utilizar barreiras de proteção, equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados como óculos e roupas especiais, limitar o tempo de exposição e seguir regulamentações de segurança para o uso de equipamentos que emitem radiação. Além, é claro, de realizar monitoramento regular dos níveis de radiação.

Vibração

Exposição a vibrações pode causar distúrbios músculo-esqueléticos, síndrome da vibração, doenças vasculares e problemas neurológicos. Desse modo, é muito importante usar ferramentas e equipamentos com controle de vibração, implementar almofadas anti-vibração e suportes de amortecimento. Além disso, é necessário limitar o tempo de exposição à vibração, realizar manutenções regulares nos equipamentos para minimizar a vibração e fornecer treinamento adequado sobre as técnicas de trabalho que reduzem a exposição à vibração.

Qual é a importância de identificar riscos físicos no trabalho?

Identificar os riscos físicos no ambiente de trabalho é importante para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Reconhecer esses fatores permite a implementação de medidas preventivas eficazes, reduzindo a probabilidade de acidentes e doenças ocupacionais. Além disso, a gestão adequada dos riscos físicos contribui para:

Prevenção de lesões e doenças

Em primeiro lugar, identificar riscos físicos permite tomar medidas para minimizar a exposição a condições perigosas, prevenindo DORT e LER – como queimaduras, perda auditiva e doenças relacionadas à radiação.

Muitas jurisdições possuem regulamentações rigorosas de segurança e saúde no trabalho. Identificar e mitigar riscos físicos ajuda as empresas a cumprir essas leis, evitando multas e sanções.

Produtividade e moral dos trabalhadores

Ambientes de trabalho seguros aumentam a moral e a satisfação dos funcionários, o que pode levar a uma maior produtividade. Trabalhadores que se sentem seguros são mais propensos a desempenhar suas funções de maneira eficiente.

Redução de custos

A prevenção de acidentes e doenças reduz os custos associados a indenizações, tratamento médico, e perda de dias de trabalho. Além disso, diminui a possibilidade de litígios decorrentes de condições inseguras de trabalho.

Reputação e responsabilidade social

Empresas que priorizam a segurança no local de trabalho melhoram sua reputação e demonstram responsabilidade social, o que pode atrair talentos e fortalecer a relação com clientes e investidores. Portanto, a identificação de riscos físicos é essencial para a criação de um ambiente de trabalho seguro, legalmente conforme, produtivo e socialmente responsável.

Como identificar os riscos físicos?

Identificar riscos físicos no ambiente de trabalho é um processo essencial para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. A seguir, listamos as etapas principais para identificar esses fatores:

1. Inspeções regulares

Primeiramente, é importante realizar inspeções regulares no local de trabalho para observar e avaliar as condições físicas. Isso pode incluir, por exemplo, a verificação de máquinas, equipamentos, ferramentas e o ambiente em geral.

2. Avaliação de riscos

Em seguida, as empresas devem realizar uma avaliação de riscos formal, que envolve a identificação de perigos, análise de risco e implementação de medidas de controle. Dessa forma, é possível utilizar ferramentas como listas de verificação, matrizes de risco e mapas de risco podem ser utilizadas.

3. Entrevistas e consultas com os trabalhadores

Conversar com os trabalhadores para obter informações sobre suas experiências e preocupações. Eles são frequentemente os primeiros a identificar perigos que podem não ser óbvios para os supervisores ou gestores.

4. Monitoramento e medições ambientais

Utilizar instrumentos de medição para quantificar os níveis de ruído, temperatura, umidade, radiação e vibração no ambiente de trabalho. Por isso, as empresas devem fornecer equipamentos especializados, por exemplo:

  • Decibelímetros para ruído;
  • Medidores de radiação.

5. Revisão de registros de acidentes e doenças

Outra etapa importante é a análise dos registros de acidentes e doenças ocupacionais para identificar padrões ou áreas de preocupação recorrentes, captando dados sobre os riscos físicos presentes.

6. Análise das tarefas de trabalho

Observar e analisar as tarefas específicas desempenhadas pelos trabalhadores também é importante. Ou seja, avaliar os movimentos, posturas e uso de equipamentos que podem contribuir para riscos físicos.

7. Consultoria com especialistas

Também é importante consultar profissionais de segurança e saúde ocupacional, ergonomistas, higienistas industriais e outros especialistas para realizar avaliações detalhadas e identificar riscos que podem não ser facilmente detectáveis.

8. Revisão das normas e regulamentos

É fundamental revisar normas e regulamentos aplicáveis de segurança e saúde ocupacional que forneçam diretrizes sobre os limites de exposição e práticas recomendadas para controlar os riscos físicos.

9. Uso de tecnologia

É importante que as empresas implementem tecnologias como sensores e sistemas de monitoramento contínuo que possam detectar e alertar sobre níveis perigosos de ruído, temperatura, vibração, etc.

10. Programas de treinamento e conscientização

Desenvolver e implementar programas de treinamento para educar os trabalhadores sobre como identificar e reportar riscos físicos. A conscientização contínua ajuda a criar uma cultura de segurança no local de trabalho.

Assim, a identificação de riscos físicos é um processo contínuo que requer a colaboração de toda a equipe, desde os trabalhadores de linha de frente até os gestores. Utilizando uma combinação de observação direta, ferramentas de medição, consulta com especialistas e participação ativa dos trabalhadores, as empresas podem identificar e mitigar eficazmente os riscos físicos, promovendo um ambiente de trabalho seguro e saudável.

Qual é a importância de ações de Saúde e Segurança no Trabalho para diminuir os riscos físicos?

Ações de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) são essenciais para reduzir os riscos físicos no ambiente de trabalho e proporcionam uma série de benefícios significativos. Por isso, listamos as principais razões para a importância dessas ações:

Prevenção de acidentes e lesões

Implementar medidas de SST ajuda a identificar e mitigar riscos físicos antes que eles resultem em acidentes ou lesões. Isso inclui, por exemplo, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), manutenção regular de máquinas e equipamentos e práticas de trabalho seguras.

Promoção da saúde dos trabalhadores

Trabalhadores saudáveis são mais produtivos e têm menor probabilidade de se ausentar por motivos de saúde. Desse modo, esse tipo de ação também contribui para a saúde geral dos trabalhadores, prevenindo doenças ocupacionais relacionadas a fatores físicos como:

  • Ruído excessivo;
  • Radiação;
  • Temperaturas extremas;
  • Vibrações. 

Melhoria do ambiente de trabalho

Além de reduzir os riscos físicos, a implementação de ações de Saúde e Segurança no Trabalho melhora o ambiente, tornando-o mais seguro e agradável. Isso inclui, por exemplo, melhorias na iluminação, controle de temperatura e redução do ruído, o que contribui para o bem-estar dos trabalhadores.

Aumento da produtividade

 Trabalhadores que se sentem seguros e valorizados são mais motivados e comprometidos com seu trabalho. Por isso, um ambiente de trabalho seguro e saudável aumenta a moral dos trabalhadores, o que pode levar a um aumento na produtividade.

Redução de custos

Uma gestão eficaz de riscos físicos pode resultar em economias significativas para a empresa. Assim, prevenir acidentes e doenças ocupacionais reduz custos associados a tratamentos médicos, indenizações, perda de dias de trabalho e substituição de trabalhadores. 

Reputação e responsabilidade social

Empresas que investem em SST demonstram responsabilidade social e compromisso com o bem-estar de seus funcionários. Isso melhora a reputação da empresa, tornando-a mais atraente para talentos e clientes.

Cultura de segurança

Promover ações contínuas de Saúde e Segurança no Trabalho ajuda a desenvolver uma cultura de segurança no local de trabalho, onde todos os funcionários, independentemente de sua posição, são conscientes dos riscos e participam ativamente na promoção de um ambiente seguro.

Sustentabilidade 

Investir em SST é fundamental para a sustentabilidade a longo prazo das operações da empresa. Em outras palavras, empresas que priorizam a segurança tendem a ter uma força de trabalho mais estável e leal, o que contribui para o sucesso contínuo e a resiliência do negócio.

Riscos físicos: qual é o papel do RH?

Você sabia que a área de Recursos Humanos também desempenha um papel crucial na gestão dos riscos físicos no ambiente de trabalho? Embora essa responsabilidade direta possa recair sobre profissionais de saúde e segurança ocupacional, o RH desempenha várias funções importantes para apoiar e facilitar a gestão eficaz dos riscos físicos. Por isso, listamos suas principais contribuições:

Políticas e procedimentos

Em primeiro lugar, os gestores de Recursos Humanos colaboram com os departamentos de segurança e saúde ocupacional para desenvolver e implementar políticas e procedimentos relacionados à segurança no trabalho. Isso inclui, por exemplo:

  • Diretrizes para o uso de EPIs;
  • Procedimentos de evacuação em caso de emergência;
  • Políticas para prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

Recrutamento e seleção

Durante o processo de recrutamento, o RH pode incluir critérios de saúde e segurança como parte das qualificações necessárias para os candidatos. Isso pode envolver a avaliação da capacidade física – como o TAF (Teste de Aptidão Física) para desempenhar determinadas funções ou a exigência de certificações de segurança específicas.

Treinamento e desenvolvimento

Além disso, o RH coordena programas de treinamento em segurança e saúde no trabalho, garantindo que todos os funcionários recebam formação adequada sobre os riscos físicos associados às suas funções, bem como sobre o uso correto de equipamentos de proteção e medidas de prevenção.

Comunicação interna

A área de Recursos Humanos também desempenha um papel fundamental na comunicação interna relacionada à segurança no trabalho. Isso inclui disseminar informações sobre novas políticas de segurança, relatar incidentes de segurança, e promover uma cultura de segurança entre os funcionários.

Gestão de conformidade

Também é responsabilidade do RH garantir que a empresa cumpra todas as normas e regulamentos de segurança e saúde ocupacional. Isso pode envolver, por exemplo, a colaboração com especialistas externos para garantir que a empresa esteja em conformidade com todas as leis pertinentes.

Gestão de incidentes

Em casos de acidentes de trabalho ou incidentes relacionados à segurança, o RH pode colaborar com certos departamentos para investigar as causas, além de trabalhar para implementar medidas corretivas e garantir que os funcionários afetados recebam o suporte necessário.

Avaliação de riscos e monitoramento

Embora a avaliação de riscos físicos seja geralmente conduzida por profissionais de segurança e saúde ocupacional, o RH pode apoiar esse processo fornecendo dados sobre as condições de trabalho e participando da implementação de medidas corretivas.

Gestão de desempenho e incentivos

O RH também pode integrar métricas de segurança no trabalho nos sistemas de gestão de desempenho e programas de incentivos, recompensando práticas seguras e comportamentos que contribuam para um ambiente de trabalho seguro.

Bem-Estar e qualidade de vida no trabalho

Promover o bem-estar dos funcionários é uma responsabilidade do RH que se relaciona diretamente com a saúde e segurança no trabalho. Isso inclui políticas de saúde mental, programas de bem-estar físico e iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida no trabalho.

A área de Recursos Humanos desempenha um papel integral na gestão dos riscos físicos no local de trabalho, colaborando estreitamente com outros departamentos para garantir um ambiente seguro e saudável para todos os funcionários. Ao integrar práticas de segurança desde o recrutamento até o desenvolvimento profissional, o RH contribui significativamente para a segurança ocupacional e o bem-estar dos trabalhadores. Para conhecer a GoGood – sua parceira em benefícios de bem-estar – e saber mais sobre essas soluções, preencha o formulário abaixo:

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