Wellbeing washing: o que é, como evitar + 35 ações de bem-estar

Nos últimos anos, o conceito de bem-estar corporativo tem ganhado cada vez mais espaço nas empresas. No entanto, o desafio de realmente implementar ações eficazes para promover a saúde física e mental dos colaboradores tem revelado um problema crescente: o wellbeing washing

Este conceito, que pode ser traduzido como lavagem de bem-estar, refere-se à prática de empresas que promovem uma imagem de comprometimento com o bem-estar dos funcionários, mas não entregam resultados reais. Neste artigo, você vai entender o que é o wellbeing washing, como evitá-lo e ainda descobrir ações práticas para realmente promover o bem-estar no ambiente de trabalho.

Wellbeing washing: o que é?  

Wellbeing washing – ou lavagem de bem-estar em português – refere-se a quando as empresas falam, mas não agem em relação a saúde mental e outras políticas de bem-estar. Em outras palavras, embora muitas empresas promovam a imagem de oferecer benefícios diferenciados e cuidado com o bem-estar dos colaboradores, na prática, essas promessas nem sempre se concretizam. 

Nesse contexto, é essencial que as vantagens oferecidas sejam reais e efetivas, evitando o wellbeing washing e garantindo que os funcionários de fato sintam o impacto positivo dessas políticas. Praticar a lavagem de bem-estar faz com que os funcionários sintam-se enganados, piorando seu próprio senso de bem-estar e confiança na empresa para a qual trabalham.

7 em cada 10 locais de trabalho celebram datas de conscientização sobre saúde mental, mas apenas 3 em cada 10 oferecem suporte de saúde mental considerado bom entre seus funcionários. [1]

Entre exemplos de lavagem de bem-estar podemos incluir encorajar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, mas elogiar funcionários que trabalham horas extras. Ou participar de tendências como Setembro Amarelo e outras datas relacionadas à saúde mental, mas não verificar o bem-estar individual dos funcionários no dia a dia. 

Empregadores avaliam a saúde mental e o bem-estar de seus funcionários 22% mais favoravelmente do que os próprios funcionários. [2]

De fato, se as políticas ou estratégias de bem-estar no ambiente de trabalho não se alinham com as experiências diárias dos funcionários, as empresas podem enfrentar altos níveis de desligamento e esgotamento.

Por que praticar wellbeing washing pode custar caro?

Muitas organizações que se dizem comprometidas com a saúde de seus colaboradores promovem uma imagem de valorização do bem-estar, mas não implementam de fato ações para melhorar a saúde e o ambiente de trabalho. Por exemplo, colaboradores que não se cuidam, são estressados, dormem e se alimentam mal ou abusam do álcool podem prejudicar o próprio desempenho no trabalho. De acordo com a Universidade de Washington:

“Pessoas com transtorno grave de uso de álcool relataram faltar 32 dias de trabalho a cada ano por causa de doença, lesão ou simplesmente faltar ao trabalho, mais que o dobro do número de dias de trabalho perdidos por indivíduos sem transtorno de uso de álcool.”

Nesse contexto, a prática do wellbeing washing pode aumentar ainda mais os efeitos desse e outros problemas latentes, como o sedentarismo, afetando tanto o profissional quanto a empresa:

  • Aumento do absenteísmo;
  • Redução da produtividade;
  • Custos elevados de assistência médica;
  • Aumento da rotatividade;
  • Impacto negativo na disposição e na equipe.

De acordo com uma pesquisa [4] publicada no Journal of Occupational and Environmental Medicine, as perdas anuais de produtividade relacionadas à saúde custam US$530 bilhões, ou aproximadamente R$3 trilhões, aos empregadores. Isso significa que uma força de trabalho saudável é mais produtiva e acarreta menores custos diretos e indiretos para a organização. 

Outro relatório [5] concluiu que as empresas estão menos comprometidas com a saúde dos funcionários do que alegam ou do que deveriam estar. Esse perfil de organização vê barreiras externas e internas para melhorar a saúde dos colaboradores que muitas vezes são criadas por elas mesmas.

Ao invés de promoverem uma verdadeira cultura de bem-estar, algumas implementam iniciativas que são mais estéticas do que eficazes, criando uma dissonância entre o que pregam e o que praticam — é o wellbeing washing em ação. 

A longo prazo, a negligência em bem-estar resulta em um aumento das taxas de rotatividade, pois os funcionários procuram ambientes de trabalho que valorizem sua saúde. Isso não só afeta a moral e a lealdade dos colaboradores, mas também aumenta os custos de recrutamento e treinamento. 

Como evitar o wellbeing washing?

Evitar o wellbeing washing é essencial para construir um ambiente de trabalho onde o bem-estar dos colaboradores seja realmente priorizado. Para isso, além de ir além das promessas e garantir que suas ações sejam autênticas e eficazes, as empresas também podem adotar outras ações, por exemplo:

Treine as lideranças

Em primeiro lugar, os funcionários precisam ver o bem-estar em ação. Se as lideranças estão dizendo uma coisa e fazendo outra, isso não incorpora uma cultura onde o bem-estar é realmente valorizado. 

Praticar o wellbeing washing não se trata apenas de se comprometer com o bem-estar da força de trabalho atual – isso será crucial para o futuro. Alguns estudos [7] sugerem que a Geração Z representarão 27% dos trabalhadores globais até 2025, e eles estão mais interessados ​​do que qualquer outra geração em compartilhar seus desafios de saúde mental, mas também contar com soluções no trabalho. 

Nesse contexto, as lideranças também precisam estar preparadas para dar suporte a essa geração de trabalhadores para que sejam mais produtivos. Para apoiar o bem-estar dos colaboradores, é essencial que as lideranças adotem uma postura ativa e genuína. 

Isso envolve não apenas comunicar a importância do bem-estar, mas também dar o exemplo, integrando práticas saudáveis em sua própria rotina. Além disso, os líderes devem ser capacitados para identificar sinais de estresse e burnout nas equipes, promovendo conversas sem estigmatização. Treinamentos em inteligência emocional e escuta ativa podem ser ferramentas valiosas para que eles ofereçam suporte adequado e empático, criando um ambiente seguro onde os colaboradores se sintam à vontade para buscar ajuda quando necessário.

Ouça seus funcionários

Não caia na armadilha de adivinhar o que as pessoas querem. Por exemplo, pufes e mesa de pingue-pongue podem ser divertidos no começo, mas é improvável que tenham um impacto no bem-estar global da empresa a longo prazo. Desse modo, é importante reunir feedback e criar estratégias, perguntando aos colaboradores o que faria diferença para a saúde, qualidade de vida e bem-estar deles. 

Invista em prevenção

Na maioria das vezes, o suporte à saúde mental no local de trabalho é muito reativo em vez de preventivo. Isso porque as lideranças de RH não têm certeza de onde focar o suporte preventivo, dada a ampla gama de problemas de saúde mental no local de trabalho. Em vez disso, oferecer acesso à soluções em saúde mental – como psicoterapia e psiquiatria – é essencial.

35 ideias para realmente promover o bem-estar

Agora que você sabe o que é wellbeing washing e a importância de investir em bem-estar, é crucial buscar por soluções que realmente impactem a vida dos colaboradores. Além de oferecer benefícios atrativos, é necessário investir em ações concretas que promovam saúde, equilíbrio e qualidade de vida no ambiente de trabalho. Clique no banner abaixo e conheça ideias para realmente promover bem-estar entre os seus funcionários:

Como uma cultura de bem-estar pode mudar esse cenário?

Cultura de bem-estar, no contexto das organizações, refere-se a um conjunto de valores e práticas que promovem e priorizam o bem-estar dos colaboradores. Essa cultura se estende a toda a organização e influencia a forma como as pessoas são tratadas, como o trabalho é estruturado e como as decisões são tomadas.

Empresas que adotam esse tipo de cultura tendem a criar ambientes realmente saudáveis e produtivos, indo na contramão do wellbeing washing e promovendo a saúde integral dos seus colaboradores. De acordo com uma pesquisa [6] do Japan Journal of Nursing Science:

“Os benefícios de investir em uma cultura de bem-estar são evidentes no nível individual, coletivo e organizacional na forma de uma saúde excelente, maior desempenho e lucratividade.”

Nesse contexto, existem diversas iniciativas de bem-estar, como horários flexíveis, acesso a academias, alimentação saudável, suporte psicológico e atividades de integração. Porém, o ideal é contar com um parceiro de bem-estar capaz de analisar esses fatores, engajando os colaboradores a usarem os benefícios oferecidos, além de atender às necessidades reais dessas pessoas. Um dos exemplos de como essa análise tornou-se possível e impactou o engajamento de uma empresa, é o case da Pharlab:

Conheça a GoGood

GoGood é uma plataforma de benefícios de bem-estar completa, que é capaz de alavancar o engajamento e produtividade, fortalecer a cultura organizacional e promover mais bem-estar para os colaboradores. 

A partir dessa parceria, é possível montar o seu próprio portfólio de benefícios conforme a necessidade dos colaboradores. Além disso, ela facilita o acesso a diversos serviços de bem-estar pros colaboradores a partir de, por exemplo:

  • Academias
  • Psicoterapia
  • Pronto atendimento digital – 24h por dia, 7 dias da semana;
  • Consultas médicas com especialistas;
  • Telenutrição;
  • Plano odontológico.

Quer saber mais? Preencha o formulário abaixo e solicite a sua cotação gratuitamente:

Referências

  1. What is wellbeing washing
  2. Addressing employee burnout: Are you solving the right problem? 
  3. In U.S., alcohol use disorder linked to 232 million missed workdays annually 
  4. Companies That Promote a Culture of Health, Safety, and Wellbeing Outperform in the Marketplace 
  5. Employers’ Role in Employee Health
  6. Development of a scale measuring the job satisfaction of Japanese hospital nurses – Muya 
  7. Gen Z and Gen Alpha Infographic Update – McCrindle 
Clique para avaliar o post
Média: 0
Rolar para cima