Risco ergonômico: o que é, exemplos e como combater

Risco ergonômico refere-se à possibilidade de lesões, desconforto ou problemas de saúde que podem surgir devido à inadequação entre as atividades laborais e as capacidades humanas. Em outras palavras, abrange desde posturas incorretas e movimentos repetitivos até demandas cognitivas excessivas.

Trabalhadores em escritórios, linhas de produção, setores de atendimento e até mesmo profissionais que passam longas horas em frente a telas de computador podem enfrentar riscos ergonômicos. Neste artigo, vamos explorar o conceito de risco ergonômico e algumas soluções para combatê-lo. Acompanhe!

O que é ergonomia?

Ergonomia visa compreender como os seres humanos interagem com seu ambiente de trabalho, equipamentos e tarefas. Assim, melhorando a adaptação, conforto e eficácia dessas interações. 

Ela abrange aspectos físicos, cognitivos e emocionais, buscando projetar ambientes e sistemas de forma a minimizar riscos de lesões, fadiga, estresse e erros. 

Ao considerar as capacidades e limitações humanas, a ergonomia busca criar condições ideais para a execução de atividades,. Além disso, é capaz de promover tanto a saúde e segurança dos trabalhadores quanto o desempenho eficiente das tarefas.

Risco ergonômico: o que é?

Em um mundo cada vez mais dinâmico, a segurança e o bem-estar dos colaboradores são prioridades inegociáveis. Sendo assim, um elemento crucial nesse cenário é o conceito de risco ergonômico. 

Esse termo refere-se à possibilidade de lesões, desconforto físico e mental, assim como problemas de saúde resultantes da interação entre os trabalhadores e seu ambiente de trabalho. Em outras palavras, trata-se da inadequação entre as tarefas realizadas e as capacidades humanas envolvidas.

Esse tipo de risco não se limita apenas a situações físicas, mas engloba uma gama diversificada de fatores, por exemplo: 

  • Movimentos repetitivos;
  • Posturas incorretas;
  • Sobrecarga cognitiva
  • Iluminação inadequada; e
  • Até mesmo demandas emocionais excessivas. 

Trabalhadores de diversos setores, de linhas de produção a escritórios, estão suscetíveis a riscos ergonômicos que podem afetar negativamente sua saúde, motivação e produtividade.

Dessa forma, a compreensão dos riscos ergonômicos e suas ramificações é crucial para criar ambientes de trabalho seguros e saudáveis. 

Ao identificar os elementos que contribuem para esses riscos, as organizações podem implementar medidas preventivas e corretivas. Isso pode envolver desde a reorganização do layout do local de trabalho até o treinamento dos funcionários em práticas ergonômicas adequadas. 

Ao abordar esses riscos de maneira proativa, não só se protege a saúde dos trabalhadores, mas também se promove a eficiência e a qualidade do trabalho, resultando em benefícios para todos os envolvidos.

Risco ergonômico: quais são os principais tipos?

Riscos ergonômicos abrangem uma ampla variedade de desafios relacionados à interação entre os trabalhadores e seus ambientes de trabalho. Esses riscos podem ser categorizados em diversos tipos, cada um com suas próprias características e impactos. Alguns dos principais tipos de riscos ergonômicos incluem:

Lesões por esforços repetitivos (LER)

Primeiramente, também conhecidas como DORT, estão as lesões que surgem de movimentos repetitivos e contínuos, afetando:

  • Músculos;
  • Tendões;
  • Articulações. 

Em suma, trabalhadores que realizam tarefas que exigem gestos repetitivos, como digitação constante em um teclado, estão em risco de desenvolver LER.

Distúrbios musculoesqueléticos

Relacionados a posturas inadequadas e esforço físico excessivo, esses distúrbios afetam os músculos, tendões, ligamentos e ossos. Por exemplo:

  • Dor lombar;
  • Tendinite;
  • Bursite.

Sobrecarga cognitiva

Trabalhos que exigem um alto nível de concentração, tomada de decisões constante e processamento de informações podem levar à fadiga mental e diminuição do desempenho.

Má postura e ergonomia inadequada

A falta de suporte ergonômico, como cadeiras e mesas mal projetadas, pode levar a uma má postura, resultando em desconforto e problemas de coluna.

Sobrecarga visual

Ambientes com iluminação inadequada, brilho excessivo de telas e fontes pequenas podem causar, por exemplo, fadiga ocular, dores de cabeça e problemas de visão.

Exigências emocionais e sociais

Trabalhos que envolvem interações intensas com clientes, colegas ou situações emocionalmente desafiadoras podem levar a estresse, ansiedade e esgotamento.

Carga de trabalho mental

Tarefas que demandam alta capacidade de processamento mental e multitarefa podem levar à exaustão cognitiva, afetando a clareza de pensamento e a tomada de decisões.

Cargas de levantamento e transporte

Trabalhos que envolvem levantar, empurrar ou puxar cargas pesadas podem causar lesões na coluna e nos músculos.

Por fim, para mitigar esses riscos, é fundamental realizar avaliações ergonômicas regulares, implementar mudanças no design do local de trabalho.

Além disso, é fundamental fornecer treinamento aos funcionários sobre práticas ergonômicas adequadas e promover uma cultura de conscientização sobre a importância da saúde e segurança no trabalho. Ao abordar esses riscos de maneira abrangente, as organizações podem melhorar o bem-estar dos funcionários e a eficiência das operações.

Risco ergonômico: exemplos

Riscos ergonômicos são uma realidade presente em diversos ambientes de trabalho, afetando a saúde e o desempenho dos funcionários. Aqui estão alguns exemplos representativos desses riscos:

Trabalho de escritório

Funcionários que passam longas horas em frente ao computador podem enfrentar riscos ergonômicos, como má postura devido a cadeiras mal ajustadas e mesas inadequadas. 

O uso incorreto de teclados e mouses também pode contribuir para o desenvolvimento de Lesões por Esforços Repetitivos (LER).

Indústria manufatureira

Trabalhadores em linhas de produção que realizam movimentos repetitivos, por exemplo encaixar peças em produtos, estão suscetíveis a LER e distúrbios musculoesqueléticos devido ao esforço contínuo.

Setor de saúde

Profissionais de saúde que levantam e movem pacientes frequentemente podem enfrentar riscos ergonômicos devido à carga física. Isto é, má postura ao cuidar de pacientes, além da pressão emocional e cognitiva, também pode contribuir para esses riscos.

Atendimento ao cliente

Trabalhadores em call centers e atendimento ao cliente podem experimentar sobrecarga cognitiva devido à necessidade de processar informações rapidamente, lidar com situações complexas e manter altos níveis de atenção.

Trabalho manual

Profissionais que realizam levantamento de cargas pesadas sem a técnica adequada estão em risco de desenvolver distúrbios musculoesqueléticos, especialmente nas costas.

Profissões criativas

Designers, artistas gráficos e outros profissionais criativos podem enfrentar riscos ergonômicos devido à demanda de longas horas em frente a telas, resultando em fadiga visual e postura inadequada.

Ambientes de escassez de espaço

Trabalhar em espaços confinados ou áreas restritas pode levar a posturas desconfortáveis e limitações de movimento, aumentando o risco de distúrbios musculoesqueléticos.

Trabalho em pé

Profissionais que passam a maior parte do tempo em pé, como caixas de supermercado, podem enfrentar fadiga nas pernas e dores nas costas devido à pressão constante nas articulações.

A conscientização e ação preventiva são essenciais para combater esses riscos, por exemplo:

  • Design de ambientes de trabalho ergonômicos;
  • Promoção de pausas regulares;
  • Fornecimento de treinamento para práticas saudáveis;
  • Criação de uma cultura organizacional que valorize a saúde e bem-estar dos funcionários.
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Risco ergonômico x NR-17: qual é a relação?

A Norma Regulamentadora NR-17 – estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é um conjunto de diretrizes e regulamentos que trata especificamente da ergonomia no ambiente de trabalho. 

Isto é, com o objetivo principal promover condições adequadas de trabalho que considerem a adaptação das condições de trabalho às características físicas, cognitivas e emocionais dos trabalhadores.

Assim, a NR-17 aborda diversos aspectos relacionados à ergonomia, buscando minimizar riscos ergonômicos e otimizar o ambiente de trabalho. Alguns pontos importantes abordados pela norma incluem:

Layout dos postos de trabalho

A NR-17 define diretrizes para o posicionamento de móveis, equipamentos e ferramentas de trabalho, visando à manutenção de posturas adequadas e confortáveis.

Mobiliário

Estabelece requisitos para a altura e inclinação de mesas e cadeiras, além de orientações sobre apoio para os pés e superfícies de trabalho.

Equipamentos

A norma enfatiza a importância do design ergonômico de equipamentos e dispositivos, de forma a minimizar movimentos repetitivos e esforços excessivos.

Condições ambientais

Considera aspectos como iluminação, ventilação, temperatura e umidade para garantir um ambiente de trabalho confortável e seguro.

Organização do trabalho

A NR-17 aborda questões como pausas regulares, jornadas de trabalho adequadas e estratégias para minimizar sobrecarga mental.

Treinamento

Promove a necessidade de treinamento dos funcionários em relação à ergonomia e às práticas seguras no ambiente de trabalho.

Em suma, a relação entre risco ergonômico e a NR-17 está intrinsecamente ligada à busca por ambientes de trabalho saudáveis e seguros. Ou seja, a norma fornece um quadro regulatório que orienta empregadores e trabalhadores sobre como identificar, avaliar e mitigar riscos ergonômicos. 

Ao adotar as diretrizes da NR-17, as empresas podem melhorar a qualidade de vida dos funcionários, reduzir o risco de lesões relacionadas ao trabalho e, em última análise, promover um ambiente de trabalho mais produtivo e satisfatório.

Risco ergonômico: como combater?

Enfrentar os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho requer uma abordagem proativa que envolve a identificação, avaliação e implementação de medidas preventivas. Assim, confira algumas estratégias essenciais para combater esses riscos:

Avaliações ergonômicas

Realizar avaliações regulares das condições de trabalho é fundamental. Desse modo, pode envolver:

  • Observação das tarefas realizadas pelos trabalhadores;
  • Coleta de feedback;
  • Utilização de ferramentas de análise de postura e movimento.

Design ergonômico

Investir em design ergonômico para móveis, equipamentos e ferramentas de trabalho é crucial. Isso inclui cadeiras ajustáveis, mesas com altura adequada e dispositivos que minimizem movimentos repetitivos.

Organização do espaço

A disposição dos postos de trabalho deve ser planejada de forma a permitir posturas naturais e confortáveis. Garantir espaço suficiente para movimentos e posicionamento adequado dos equipamentos é essencial.

Treinamento e educação

Fornecer treinamento regular para os funcionários sobre práticas ergonômicas, posturas corretas, uso de equipamentos e estratégias para evitar movimentos prejudiciais.

Pausas e variação

Incentivar pausas regulares para descanso e alongamento é importante. Encorajar a variação de tarefas também ajuda a reduzir a repetição de movimentos prejudiciais.

Iluminação e condições ambientais

Garantir iluminação adequada, ventilação e controle de temperatura contribui para um ambiente de trabalho mais confortável.

Gestão da carga de trabalho

Distribuir tarefas de forma equilibrada e definir metas realistas ajuda a evitar sobrecarga física e mental.

Ergonomia na tecnologia

Considerar o design ergonômico em interfaces digitais e tecnologias é importante para prevenir fadiga visual e problemas posturais.

Feedback dos funcionários

Ouvir os trabalhadores sobre suas experiências e desafios pode fornecer insights valiosos para melhorias ergonômicas. Assim, uma ótima estratégia é promover o Diálogo Diário de Segurança (DDS), discutindo preocupações, riscos e procedimentos.

Cultura de saúde e segurança

Promover uma cultura organizacional que valorize a saúde e a segurança dos funcionários incentiva a colaboração e a aderência às práticas ergonômicas.

Combater os riscos ergonômicos não apenas protege a saúde dos trabalhadores, mas também pode resultar em aumento da produtividade, qualidade do trabalho e satisfação dos funcionários. É um investimento que promove um ambiente de trabalho mais saudável e eficiente.

Por que investir em equipamentos ergonômicos?

Investir em equipamentos ergonômicos não é apenas uma opção, mas sim uma estratégia inteligente para empresas que buscam promover a saúde e o desempenho de seus funcionários, bem como a eficiência de suas operações. 

Existem algumas razões convincentes para investir em equipamentos ergonômicos, por exemplo:

Saúde e bem-estar dos funcionários

Em primeiro lugar, equipamentos ergonômicos são projetados para se adaptarem às características físicas e capacidades dos trabalhadores. Eles promovem posturas naturais, aliviam a pressão sobre articulações e músculos, reduzindo o risco de lesões musculoesqueléticas e desconforto.

Prevenção de lesões

Equipamentos mal projetados podem levar a Lesões por Esforços Repetitivos (LER), distúrbios musculoesqueléticos e outros problemas de saúde. Equipamentos ergonômicos minimizam esses riscos, resultando em um ambiente de trabalho mais seguro.

Produtividade aprimorada

Funcionários confortáveis e saudáveis têm maior capacidade de concentração, foco e desempenho. Equipamentos ergonômicos contribuem para a redução da fadiga, permitindo que os trabalhadores mantenham um nível constante de produtividade.

Redução do absenteísmo

Lesões e desconforto no local de trabalho podem levar a faltas e licenças médicas. Ou seja, investir em equipamentos ergonômicos pode reduzir o absenteísmo, resultando em maior continuidade operacional.

Retenção de talentos

Oferecer um ambiente de trabalho que valoriza a saúde e o bem-estar dos funcionários pode aumentar a satisfação no trabalho e a lealdade à empresa, contribuindo para a retenção de talentos.

Employer branding da empresa

Empresas que demonstram preocupação genuína com a saúde e o conforto de seus funcionários tendem a construir um employer branding positivo e atraente no mercado de trabalho.

Cumprimento de regulamentos

Normas regulamentadoras e leis de saúde e segurança no trabalho muitas vezes exigem que os empregadores forneçam condições de trabalho adequadas e seguras, o que inclui equipamentos ergonômicos.

Custo-benefício a longo prazo

Embora o investimento inicial possa ser maior, os benefícios a longo prazo superam os custos. Menos lesões, aumento da produtividade e menor rotatividade resulta em economia de recursos e melhoria dos resultados financeiros.

Por fim, investir em equipamentos ergonômicos é um investimento nas pessoas que constituem o coração da organização. Esses investimentos não apenas protegem a saúde e o bem-estar dos funcionários, mas também geram um impacto positivo nas operações e na cultura da empresa como um todo.

Conclusão

À medida que o mundo corporativo evolui, a importância da ergonomia nunca foi tão evidente. A busca por ambientes de trabalho saudáveis, seguros e eficientes exige uma abordagem holística que considere as necessidades e capacidades dos trabalhadores. 

Desse modo, os riscos ergonômicos não são apenas desafios a serem superados, mas também oportunidades para melhorar a qualidade de vida dos funcionários e a competitividade das organizações.

Que tal promover mais saúde e bem-estar no seu trabalho? Conte com quem é especialista no assunto! 

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